Encantos do Florescer

Nem Tudo é Luz e Sombra: A Espiritualidade para Além da Dualidade

Anjos e demônios, luz e sombra... A espiritualidade vai muito além disto

“Puxa, Dani, sempre pensei que na espiritualidade os seres ou eram bons, ou maus… Você tá me dizendo que não é bem assim?”

Pois é! Quando falamos de espiritualidade, a maioria das pessoas logo imagina uma batalha entre o bem e o mal, entre a luz e a sombra. Ou é anjo ou é demônio. Ou é guia de luz ou espírito obsessor. Mas será que as coisas são tão preto no branco assim?
Se tem uma coisa que a espiritualidade nos ensina, é que a realidade vai muito além dessas caixinhas que gostamos de criar. Nem tudo se resume a certo e errado, e nem todos os seres espirituais estão presos nessa dualidade.
Hoje, vamos expandir essa visão e explorar um lado da espiritualidade que muitas vezes passa despercebido: aqueles que não estão nem de um lado nem do outro.

Nem Tudo é Luz e Sombra A Espiritualidade para Além da Dualidade

Nós, Humanos, Também Não Somos Apenas Luz ou Sombra

“Peraí, Dani… Então isso vale pra gente também?”
Exatamente! Antes de falarmos do que existe “do outro lado”, vamos olhar para nós mesmos. Você acha que é uma pessoa 100% boa o tempo todo? Ou 100% má? Claro que não! Somos complexos, estamos em constante aprendizado, cometemos erros, aprendemos com eles e seguimos evoluindo.
E adivinha? No plano espiritual, acontece a mesma coisa. Quando uma pessoa desencarna, ela não vira automaticamente um ser de luz ou um ser das trevas. Muitas vezes, ela continua apegada à matéria, perdida, confusa ou presa a padrões negativos. Algumas dessas consciências se tornam quiumbas, espíritos errantes que podem ser manipulados por energias mais densas. Outras são resgatadas e amparadas para seguir um caminho de aprendizado.
E aqui entra um ponto importante: estar na luz não significa que a entidade já atingiu a iluminação máxima. Muitas trabalham na luz, mas ainda estão no seu próprio processo de crescimento.
“Caramba, Dani! Então tem espírito que trabalha na luz e ainda tá aprendendo?”
Exato! E aí vem uma sacada interessante… Nem todos os seres espirituais seguem esse caminho de evolução. Alguns simplesmente existem, cumprindo um propósito diferente.

Seres que Não Estão na Dualidade: Os Cientistas do Astral

“Tá, mas quem são esses seres que não estão nem na luz, nem na sombra?”
Além dos seres que buscam evolução e daqueles que se perderam no caminho, existem outros que seguem um propósito diferente: os cientistas espirituais.
Eles não estão preocupados com bem ou mal, certo ou errado. O foco deles é o conhecimento, a experimentação. Para entender melhor, pensa num cientista humano: quando ele faz um experimento, pode testar um remédio em ratos de laboratório. Isso é maldade? Para o rato, pode parecer, mas para o cientista, é apenas um meio para um fim.
No plano espiritual, esses cientistas estudam a consciência, a energia, os processos de encarnação e desencarnação. Às vezes, suas experiências afetam os encarnados, mas não por crueldade, e sim porque seu foco está na pesquisa, não nas consequências emocionais disso.
“Peraí, Dani… Você tá me dizendo então que esses seres não são maus, mesmo que suas atitudes causem mal às pessoas?”
Isso mesmo! Eles não fazem o mal por maldade, mas porque não enxergam a situação como nós. Eles lidam com as leis espirituais como um físico lida com as leis da gravidade – são apenas mecanismos que eles querem entender e usar.
Seres que Não Estão na Dualidade
Elementais

Elementais: Forças Neutras da Natureza

“Tá, Dani, e os elementais? Eles também são assim?”
Os elementais são um caso à parte. Diferente dos cientistas espirituais, eles não estão fazendo pesquisas, mas sim cumprindo sua função dentro da natureza.
Se um tsunami acontece, os elementais da água simplesmente seguem a ordem natural das coisas. Eles não se preocupam se um humano vai perder sua casa ou se um rio vai transbordar. O que importa é o equilíbrio do planeta.
Assim como um antibiótico mata bactérias para curar uma infecção, os processos naturais muitas vezes envolvem destruição para permitir a renovação. E os elementais estão ali, cumprindo seu papel, sem julgamentos morais.

O Livre-Arbítrio e Nossa Posição Diante Disso

“Eita, Dani… Mas então como eu me posiciono diante disso tudo?”
Agora vem a parte mais importante: onde nós entramos nessa história?
Os seres de luz respeitam nosso livre-arbítrio. Eles só interferem se pedirmos ajuda. Se não pedimos, eles podem até tentar nos intuir, mas nunca forçar nada.
Já os seres da sombra? Esses não respeitam essa regra. Eles manipulam, induzem, seduzem. Jogam com nossos medos, inseguranças e fraquezas para nos influenciar sem que percebamos.
“Mas e os cientistas, Dani? Eles também são assim?”
Não exatamente. Eles também não violam diretamente o livre-arbítrio, mas muitas vezes atuam no limite, aproveitando-se da nossa falta de consciência. Se não nos posicionamos, é como assinar um contrato sem ler as letras miúdas. Quem cala, consente.

Como Nos Proteger e Tomar as Rédeas da Nossa Vida Espiritual?

“Mas Dani, o que eu faço então?”
A grande chave aqui é consciência e posicionamento.
Fortaleça sua conexão espiritual: mantenha práticas que elevam sua vibração, como orações, meditações, banhos de ervas e proteções energéticas.
Aprenda a dizer não: espiritualmente, você tem o direito de recusar qualquer interferência que não deseja. O simples ato de afirmar “eu não autorizo” pode fazer diferença.
Peça ajuda: se sente que precisa, chame seus guias, protetores ou divindades com quem se conecta. Eles só podem agir se você permitir.
Se informe e estude: quanto mais você entende sobre espiritualidade, mais difícil será para qualquer ser te manipular ou enganar.

Conclusão: Além da Luz e da Sombra, Existe um Universo de Possibilidades

Nem tudo na espiritualidade se resume a bem e mal, luz e sombra. Existe uma infinidade de seres e consciências que atuam de formas diferentes, cada um com seu propósito.
Nosso papel como humanos encarnados é despertar para essa realidade, tomar consciência das energias que nos cercam e, acima de tudo, usar nosso livre-arbítrio de forma ativa.
Porque, no final das contas, não importa o que está acontecendo no astral. O que importa é como você se posiciona diante disso.
Conclusão